sábado, 11 de junho de 2011

Cultural Centro - Parte 2

Voltando pela Av. Corrientes:

A Avenida Corrientes é famosa por ser o centro da atividade teatral portenha. As peças vão desde textos populares e comédias até adaptações de grandes musicais internacionais. Outra especialidade da avenida são as livrarias e cafés literários. 


Lá encontramos alguns teatros que fazem parte do Complexo Teatral de Buenos Aires do Ministério da Cultura do Governo da Cidade, composto pelos Teatros Regio (Av. Córdoba, 6056), de la Ribera (Av. Pedro de Mendoza 1821), El Sarmiento (Av. Sarmiento 2715) e San Martín (Av. Corrientes 1530), Presidente Alvear (Av. Corrientes 1659), Colón (Cerrito, 618) e o Nacional Cervantes (Av. Cordoba, 1155), os quais fazem parte do circuito  teatral oficial.

Dou destaque ao Teatro Colón por ser um grande orgulho para Buenos Aires. Segundo os críticos, é o melhor teatro lírico do mundo e um dos três teatros sinfônicos mais importantes, com capacidade para 3.542 espectadores e possui excelente acústica. Aqui atuaram as principais figuras da música do século XX. Conta com corpo de baile, elenco estável, orquestra e oficinas próprias, além de escolas de dança, canto e atuação cênica, e um museu. O salão principal é em forma de ferradura e possui 7 andares. Seu lustre central tem sete metros de diâmetro e 700 luzes. O luxuoso Salão Dourado também é usado como uma sala de concertos. A construção do edifício atual começou em 1889, as obras duraram 20 anos, e foram financiadas pela venda antecipada de camarotes. A inauguração oficial foi 25 de maio de 1908 com a ópera Aida de Giuseppe Verdi. Mesmo que você não possa assistir a um espetáculo não deixe de realizar uma visita guiada e conhecê-lo por dentro. Está em reforma desde 2006, mas em 2010 o teatro foi reinaugurado, como parte das comemorações do bicentenário e espera-se que ainda este ano as obras secundárias sejam finalizadas.


Além do oficial, existem os circuitos comercial, que tem seu eixo na avenida Corrientes, e o alternativo, ou “teatro off”, que se concentra no bairro do Almagro mas estende-se aos bairros de Palermo e San Telmo. Neste circuito, abundam as peças de vanguarda de criadores jovens que se apresentam em espaços reformados para salas teatrais, geralmente pequenas, mas com uma importante rotação de público, particularmente jovem.

A Av. 9 de Julio percorre a cidade de lado a lado e é a avenida mais larga do mundo com seus 140 metros de extremo a extremo. Juntamente coma Carlos Pellegrini e a Cerrito, forma um enorme corredor que dá para ver até do avião! 


Na sua interseção com a Av. Corrientes está localizada a Plaza de la Republica, onde, no centro está o Obelisco, que foi inaugurado em 1936. Ele comemora as duas fundações da cidade, a sua federalização e o primeiro hastear da bandeira nacional neste lugar. A forma circular da praça foi convertida em uma elipse de 200 metros em seu eixo principal em 1962 para facilitar a travessia da avenida. A Avenida 9 de Julio, a Avenida Corrientes e o Obelisco, representam o cartão-postal clássico do centro portenho, seja durante o dia ou ao cair a noite.  

Curtindo um deliciosa casquinha do Mc, meia doce de leite, meia baunilha, com casquinha de oreo... Nossa, tinha que ter isso no Brasil!
Vista da 9 de Julio sentido Recoleta.



E sentido Boca.
No quarteirão formado pela Corrientes, Lenadro N. Alem, Sarmiento e Bouchard, encontramos o Palacio de Correos y Telecomunicaciones da cidade de Buenos Aires, também chamado Central dos Correios, o qual é um exemplo clássico da arquitetura do academicismo francês. Em 1908, o Presidente Miguel Juárez Celman aprovou o projeto para a sua construção. Foi inaugurado em 28 de setembro de 1928, depois de vários contratempos. Em 1997 foi declarado Monumento Histórico Nacional devido à sua qualidade arquitetônica, sua importância histórica e por obras de arte em seu interior. Em 2003 ele deixou de ser usado como central dos correios e em 2005 o governo decidiu realizar um concurso para transformá-lo em um centro cultural como parte das comemorações do Bicentenário da Revolução de Maio de 1810. Em 24 de Maio de 2010 foi inaugurado neste edifício a primeira fase do Centro Cultural do Bicentenário. Ele está fechado para o público, enquanto continuam os trabalhos de remodelação.











Começando no cruzamento com a Rivadavia temos a Calle Florida (de flor, e não de estado norte americano!), é rua de pedestres mais famosa de Buenos Aires, obrigatória para qualquer visitante. Falo mais sobre ela na parte de compras.

Na Florida com a Av. Córdoba está localizada a Galerias Pacífico, um edifício suntuoso da belle époque portenha que funcionava antigamente como galeria de arte e hoje é o shopping mais procurado pelos turistas. Bonito por fora e por dentro, suas paredes e com gigantescos afrescos de Spilimbergo, "O domínio das forças naturais"; Urruchúa, "A fraternidade"; Colmeiro, "O casal humano"; Castagnino, "A vida doméstica" e Berni, "O amor". Dentre as lojas de excelente nível, inclui nomes como Cacharel ou Yves Saint Laurent. Destaque também para as várias lojas especializadas em artigos de couro. Lá funciona também o Centro Cultural Borges, que sempre oferece excelentes exposições de artistas de renome internacional, e a escola de balé de Júlio Bocca. 


Próximo às Galerias Pacífico localiza-se a Plaza San Martin, uma praça histórica e uma das mais belas de Buenos Aires. Nesse lugar, estava a única praça de touros de Buenos Aires. Também foi marco das invasões inglesas em 1806 e 1807. Lá encontramos o Monumento a los Caídos en Malvinas, onde estão os nomes dos 649 soldados argentinos mortos em combate durante a Guerra de Malvinas.

Junto à Av. Santa Fé, situa-se o Círculo Militar, um dos edifícios mais suntuosos de centro, de notável estilo francês (1925) com quase 12.000 metros quadrados. Foi residência particular da família Paz e dentre seus hóspedes estão o Príncipe de Gales e o Marajá de Kapurtala. Depois foi vendida ao Exército Argentino. Na mesma esquina, encontra-se o Museu de Armas da Nação, de importantíssimo valor histórico que expõe uma vasta coleção de armas da Argentina e do exterior desde o século XVII até hoje.

Esta praça, com seus desníveis e suas árvores frondosas, é ideal para fazer uma pausa tranquila e ao mesmo tempo observar o corre-corre dos executivos que trabalham nos prédios modernos do Retiro. Nos dias de verão, muita gente aproveita para tomar sol ou fazer um piquenique.

Ao lado, sentido centro, encontra-se o prédio que foi o mais alto da América do Sul em 1936, o Kavannagh, com 32 andares, tudo de concreto e 12 elevadores. A antiga dona vendeu duas de suas fazendas para tombar o projeto, construído em apenas 14 meses.

O prédio é este branco e a plaza San Martin fica logo em frente, nessas árvores!

Atravessando a Av. del Libertador encontramos a Torre de los Ingleses. Esta emblemática torre de tijolos vermelhos foi doada ao país por residentes britânicos em comemoração ao centenário da Revolução de Maio de 1810.


De um lado da torre temos o prédio inglês da Estação Retiro (é aqui que se inicia o passeio pelo Tren de La Costa que vou falar em outro post) e no outro extremo, podem ser vistas as torres espelhadas da Av. Leandro N. Alem. 



Não é a vista da Plaza Fuerza Aera Argentina (onde fica a Torre de los Ingleses), mas esses são os prédios espelhados!

Acho que acabei o grande centro de Buenos Aires!

Bjos da bá